Não existe brigada contra incêndio na maioria dos municípios maranhenses. São os próprios trabalhadores que têm que controlar o fogo. “Os olhos ficam vermelhos, dói a cabeça”, reclama Antônio Vieira, de 78 anos.
As queimadas atormentam os criadores de animais, que precisam redobrar a vigilância. “O fogo queima a terra de trabalho, o pasto. A gente tem que prestar muita atenção para não ficar perdido”, diz o criador Francisco Vieira.
Em Ribeirão Preto (SP), cidade que é a maior produtora de cana do país, um acordo assinado entre governo e produtores antecipa de 2021 para 2014 o fim das queimadas nas lavouras. Só metade da colheita nos canaviais paulistas é feita manualmente, com o uso de fogo.
No Nordeste, os incêndios ainda tiram o sono de quem vive em casebres de palha. A agricultora Maria Inalda Fernandes perdeu a casa e tudo o que tinha dentro após a passagem do fogo. “Quando você pensa que não, o fogo pega a casa. A faísca pode voar de longe”, ela diz. (Fonte: G1)