Ao volante estava o professor suíço, Louis Palmer, que fez o percurso de 52 mil quilômetros em 17 meses.
Segundo Palmer, o feito provou que a energia solar é uma alternativa viável aos combustíveis com base em petróleo e pode ajudar a combater o aquecimento global.
Ele ressaltou, contudo, que o protótipo precisará de grandes modificações antes de poder ser produzido em massa.
O pequeno veículo azul e branco com três rodas puxa um trailer com baterias carregadas pela exposição ao sol. Ele pode viajar por 300 quilômetros com uma só carga e atingir velocidades de 90 quilômetros por hora.
Palmer está empenhado em inspirar os fabricantes de veículos a produzirem modelos menos danosos ao meio ambiente.
“As pessoas adoram esta idéia de um carro solar”, afirmou Palmer diante do prédio onde se realizará a Conferência. “Eu espero que a indústria automobilística dê ouvidos (…) e fabrique carros elétricos no futuro.”
O ativista disse que o carro a energia solar funcionou “como um relógio suíço”, quebrando apenas duas vezes durante a longa jornada, que começou em Lucerna, na Suíça, em julho de 2007.
Em trechos breves do percurso, ele foi acompanhado de celebridades.
Palmer disse que seus passageiros incluíram o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon e o diretor de cinema americano James Cameron, entre outros.
Eletricidade – O carro é movido a energia solar, mas Palmer também levava uma bateria diferente para percursos noturnos ou em nações menos ensolaradas, tais como a Polônia, no inverno. Esta bateria era recarregada na eletricidade.
Palmer disse que a construção do protótipo tem custo equivalente a duas Ferraris, mas, se produzido em massa, poderia custar 10 mil euros, com um extra de 4 mil euros para os painéis solares.
O ativista disse que agora quer voltar para a casa: “Eu prometi a minha mãe que voltaria antes do Natal”.
Mas no ano que vem ele planeja organizar uma viagem com seis veículos para fazer uma volta ao mundo em 80 dias usando energia hidráulica, geotérmica e eólica. (Fonte: Estadão Online)