Pelo menos sete pessoas morreram nesta semana por causa dos incêndios que destruíram centenas de hectares e dezenas de casas na Espanha, França, Itália e Grécia. A União Europeia disse que o risco de incêndio no sul da Europa permanecerá crítico nos próximos dias.
Mais ao norte, os problemas foram a chuva e o vento. Oito pessoas morreram e quase 50 ficaram feridas por causas de tempestades durante a madrugada no oeste e centro da Polônia. O oeste da Suíça registrou chuvas de granizo com pedras de gelo do tamanho de bolas de tênis.
“Foi o apocalipse, nunca vi nada assim”, disse Simon Sentinelli, morador do cantão de Friburgo, à TV Suíça.
O governo da Espanha, país mais afetado pelos incêndios, disse na sexta-feira que milhares de camponeses tiveram de fugir das chamas, que já mataram oito bombeiros.
Milhares de policiais e soldados foram mobilizados para combater sete incêndios graves no sul e leste da Espanha. Um dos piores focos foi estabilizado depois de 36 horas, em Mojacar, na Andaluzia (sul), segundo as autoridades.
Na ilha francesa da Córsega, cerca de 4.000 hectares de mato seco queima em 12 focos diferentes nas últimas 24 horas. O calor de 40C e o vento forte alimentam o fogo.
“A atual situação (…) é de altíssimo risco de fogo em grandes áreas do sul da Europa, e irá permanecer crítica nos próximos dias”, disse a nota da União Europeia.
Na ilha italiana da Sardenha, um pouco ao sul da Córsega, duas pessoas morreram na quinta-feira num incêndio que se alastrou rapidamente, e na sexta-feira há sete focos diferentes. Em pelo menos um deles, há suspeita de origem criminosa.
Foram registrados incêndios florestais também na ilha da Sicília, no extremo sul da Itália, e na região continental de Marche.
“Ainda temos nove focos ativos, mas não há perigo para a população, já que os ventos estão mais fracos do que ontem”, disse Luigi D’Angelo, da Defesa Civil italiana.
Na Grécia, mais de 320 incêndios devastaram nesta semana grandes trechos de florestas, mas até agora pouparam as edificações. Em 2007, dez dias de incêndios na Grécia mataram 65 pessoas em dezenas de aldeias. (Fonte: Estadão Online)