Segundo a senadora americana Maria Cantwell, “se dois países produzem 40% das emissões mundiais (a soma dos EUA e China), não se pode criar melhor legado que dizer o que estes dois grandes países estão dispostos a fazer”.
Cantwell, que se encontra de visita em Pequim para tratar assuntos ambientais e de propriedade intelectual, afirmou que um acordo entre ambas as potências ajudaria a impulsionar novos documentos globais para combater a mudança climática.
Há umas semanas, o novo embaixador americano em Pequim, John Huntsman Jr., informou que o presidente americano visitará a China pela primeira de maneira oficial em meados de novembro, com uma agenda com três pontos destacados: a crise econômica, Coreia do Norte e a mudança climática.
A viagem de Obama se produzirá um mês antes da cúpula climática de Copenhague (Dinamarca), onde se espera que todos os países do mundo assinem um novo acordo para substituir o Protocolo de Kioto, que expira em 2012.
Cantwell acrescentou que o documento chinês-americano poderia contemplar cláusulas para subvencionar os bens relacionados com as energias limpas e a transferência tecnológica.
No entanto, o Ministério de Assuntos Exteriores da China rejeitou fazer comentários ao respeito.
China é o país que mais polui no planeta em quantidade de dióxido de carbono enviado à atmosfera, após superar no ano passado aos EUA.
O gigante asiático foi criticado pela comunidade internacional por não somar-se ao Protocolo de Kioto para limitar as emissões de CO2 e, por isso, são cruciais os esforços para conseguir que o acordo que lhe suceda em Copenhague seja viável.
Sob as atuais normas, China, como economia emergente, não está obrigada a quantificar cotas de emissão de gases do efeito estufa, um ponto que Pequim mostra muita resistência em modificar argumentando que sua taxa de CO2 por habitante é muito menor que a dos países desenvolvidos. (Fonte: Folha Online)