O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou na quarta-feira (16) que o país está “bem na fita” quando o assunto são as medidas para proteger a camada de ozônio.
Ao participar das comemorações do Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio, ele anunciou a doação de um equipamento de origem alemã que vai auxiliar na troca de gás CFC (clorofluorcarbono) em geladeiras velhas.
Minc lembrou que as novas geladeiras não contêm mais CFC, no entanto as velhas, ao serem levadas para o conserto ou mesmo para o ferro-velho, passam por um processo no qual o gás poluente é liberado.
A estratégia do governo, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), é capacitar os próprios mecânicos que trabalham no conserto de geladeiras para que a liberação do gás não ocorra.
“Hoje em dia, o sujeito corta, joga o gás lá para cima, conserta a geladeira e põe um gás novo. A instrução que a gente deu é extrair o gás, filtrá-lo e comprimi-lo e, depois do concerto, injetá-lo de volta”, explicou Minc.
O ministro afirmou ainda que no Brasil faltam campanhas de conscientização para orientar as pessoas como se proteger dos efeitos de raios ultravioleta, cada vez mais intensos por conta dos danos à camada de ozônio. “A pessoa fica achando que porque pega sol desde pequena ou porque é muito morena, não precisa do protetor”, disse.
Para o médico, especialista em câncer de pele, Reinaldo Santana não falta informação ao brasileiro. O problema, segundo ele, é mesmo a preguiça em usar o protetor. Uma pesquisa realizada em Minas Gerais ouviu 750 pessoas – 42% delas afirmaram ter preguiça de se prevenir com o uso diário do produto.
Ele lembrou que o protetor solar ainda tem um preço elevado e que isso pode dificultar o hábito, mas destacou que essa não deve ser a única forma de prevenção ao câncer de pele. “É um conjunto de medidas, desde a roupa adequada à proteção.”
A estratégia, de acordo com o médico, deve ser o trabalho de disseminar a informação nas escolas. A professora Maria de Fátima da Silva admite que o trabalho de conscientização das medidas de prevenção aos raios ultravioleta ainda é tímido e que a divulgação precisa ser mais intensa. A colega Iara Gonçalves, também professora de uma escola pública, acredita que, ao se investir na conscientização das crianças, incentiva-se os cidadãos a terem mais cuidado com a natureza. (Fonte: Paula Laboissière/ Agência Brasil)