O documento, que foi assinado em julho pelos presidentes Fernando Lugo e Luiz Inácio Lula da Silva, foi entregue pelo ministro das Relações Exteriores paraguaio, Héctor Lacognata, ao presidente do Congresso, o senador Miguel Carrizosa.
Lacognata afirmou aos jornalistas que na próxima semana o acordo chegará ao Congresso do Brasil e se mostrou confiante de que será aprovado nos dois países.
O chanceler lembrou que o presidente do Senado, José Sarney, tinha manifestado a predisposição dos legisladores para analisar com rapidez o documento.
Os dois países são sócios na hidrelétrica, uma das mais potentes do mundo com 14 mil megawatts de capacidade, e dividem a energia produzida em partes iguais. Mas o Paraguai utiliza apenas cinco por cento e vende o excedente ao Brasil.
Lugo e Lula assinaram no dia 25 de julho em Assunção um acordo pelo qual o Brasil triplicará o montante pago pela cessão dessa energia – uma taxa anual em torno dos US$ 120 milhões – e estabelecerá um mecanismo que permita ao Paraguai comercializar energia de Itaipu de maneira gradual no mercado brasileiro, sem a intermediação da estatal Eletrobrás. Em virtude do acordo, o Paraguai passará a receber US$ 360 milhões anuais.
O acordo estabelece, além disso, a possibilidade de o Paraguai comercializar seu excedente diretamente no sistema brasileiro ou em outros países, entre outras determinações. (Fonte: Folha Online)