Ambientalistas condenaram o bloco de 27 nações pelo fracasso em apresentar uma definição concreta que pudesse pressionar os maiores poluidores do mundo, EUA e China, a cortar suas emissões de gases causadores do efeito estufa quando o novo tratado sobre o assunto for negociado em Copenhague, em dezembro.
O dinheiro seria usado para encorajar os países pobres a consumir menos energia e a usar mais fontes renováveis, protegendo florestas que podem absorver quantidades significativas de dióxido de carbono.
Líderes europeus disseram, em nota, que todos os países agora precisam “injetar novo impulso” nas conversações emperradas para um pacto que possa impedir as temperaturas globais de subir mais de 2º C acima dos níveis pré-industriais.
A cúpula de Copenhague é vista como um divisor de águas para a luta contra a mudança climática e de cooperação global, e há anos que a UE desafia outras potências a assumir compromissos ambiciosos.
Com as negociações do tema no Congresso americano arrastando-se, os países pobres esperavam que a Europa definisse um padrão de compromisso e desafiasse outros países ricos a atingi-lo.
O executivo da UE sugeriu, em setembro, que os países do bloco dessem US$ 22 bilhões ao ano, de 2013 a 2020. Os líderes dos países do bloco não endossaram o número nesta sexta-feira (30).
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Europa deveria contribuir com cerca de um terço do fundo, mas não citou números.
Os defensores do financiamento do combate ao efeito estufa, como Reino Unido e Suécia, tiveram de se curvar a países mais pobres do Leste Europeu, que hesitam em comprometer recursos com ajuda internacional.
As organizações Oxfam e Amigos da Terra disseram que o compromisso europeu está longe do necessário, e que Europa e estados Unidos deveriam doar pelo menos US$ 52 bilhões ao ano ao fundo, cada um. (Fonte: Estadão Online)