“Tem tanta lixeira espalhada pelo parque e o povo insiste em jogar no chão. Acham que só porque tem quem limpe podem fazer uma imundície”, relata Galdino. O parque tem mil lixeiras e mais de 140 pessoas responsáveis por manutenção, conservação e limpeza. Na maioria das vezes, o que sobrou do piquenique ou do lanche da tarde é esquecido no gramado. “E o vento leva para o lago.” Em dias de chuva, o lixo aumenta. Ele vem carregado pelo Córrego do Sapateiro, que deságua no lago.
No fim de um dia de trabalho, o barco chega a pesar até 200 quilos. Vazia, a embarcação pesa 90 quilos. O item mais esquisito que já encontraram foi um saco repleto de seringas usadas. “Isso faz uns dois anos. Achei esquisito demais e é perigoso”, comenta Galdino. Oliveira se lembra de ter recolhido uma bicicleta toda retorcida e enferrujada. “Não tinha mais nenhuma utilidade.” Dinheiro que é bom, nada. Oliveira, certa vez, achou uma nota de US$ 1 e entregou para o amigo de trabalho. “Eu deixei na carteira para dar sorte, mas deu foi azar. Eu fui assaltado e levaram tudo.”
‘Problema cultural’ – Segundo a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, o lago do Parque do Ibirapuera é o único que é limpo diariamente. Os dos outros parques passam pela faxina sempre que há demanda. A pasta diz que descartar lixo em locais irregulares “é um problema cultural presente na cidade como um todo”. (Fonte: Estadão Online)