Após o encontro de Manaus, o presidente francês irá a Port of Spain, em Trinidad, para participar da Cúpula dos 53 países da Commonwealth, que contará, também, com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
O governo da França afirma que seu objetivo é dar voz aos países mais vulneráveis, que são também os que menos contaminam o planeta.
“Se quisermos um acordo dos 192 (países que estarão presentes em Copenhague), não poderemos falar em grandes poluidores e ignorar as vítimas”, destacou um assessor provincial de Sarkozy.
O objetivo é quebrar a lógica que opõe países industrializados do Norte aos países do Sul. Daí o fato de França e Brasil terem apresentado dias atrás uma declaração única para a Cúpula de Copenhague.
Sarkozy quer obter o maior apoio possível ao texto assinado em 14 de novembro com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Qualificado por Lula de “Bíblia Climática”, o documento apresenta as grandes linhas do acordo que desejam ver aprovado pelos participantes da reunião de Copenhague.
A meta principal é a “redução de pelo menos 50% das emissões mundiais de gases de efeito estufa até 2050”, em relação a 1990.
Paris e Brasília também sugerem no texto a criação de uma Organização Mundial do Meio Ambiente.
Esta organização seria encarregada do acompanhamento a longo prazo das decisões tomadas em Copenhague, mas também permitiria “nuclear todas as associações de defesa do ambiente”, explicou a presidência francesa.
Sarkozy e Lula aproveitarão a reunião de quinta-feira em Manaus para pedir o apoio de Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador, os demais países amazônicos.
A França possui 700 km de fronteira com o Brasil através da Guiana, território francês de ultramar. (Fonte: Folha Online)