Na avaliação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o clima negativo que pairava sobre a reunião de mudanças climáticas que acontecerá em Copenhague (Dinamarca), em dezembro, já passou. Para o ministro, o Brasil desempenhou um papel importante para que isto fosse possível – não só por apresentar a maior meta de redução de emissão de CO2 entre os países em desenvolvimento – de 36% a 39% até 2020 – , mas também ao mostrar dados que apontam para o menor desmatamento da história na Amazônia.
“Estou mais otimista hoje do que há um mês atrás quando havia um clima de naufrágio. Acho que o Brasil desempenhou um papel importante neste processo, porque uma coisa é escrever no papel e a outra é fazer o dever de casa. Logo depois que o Brasil tomou esta posição (de anunciar a redução de gás carbônico), a Coreia e a Indonésia anunciaram metas importantes – um pouco menos forte que as brasileiras, mas no mesmo sentido”.
Depois de lembrar que a gestão George W. Bush era “um grande desastre do ponto de vista ecológico e não queria nem ouvir falar sobre clima”, Minc elogiou a postura recente do governo de Barack Obama que decidiu, antes mesmo da votação do Senado norte-americano, levar para Copenhague a decisão de propor um corte de 20% na emissão de CO2 até 2020, sobre dados de 2005.
“O presidente Obama teve o bom senso de olhar mais para o mundo, e para o planeta, do que para o Senado norte-americano. Agora o Senado, se tiver juízo, que referende a posição do presidente Obama”.
O ministro lembrou o fato de que também a China já deu sinais de que “a coisa não é bem assim e que vai levar para o encontro do próximo mês também alguns números (de redução de CO2)”. (Fonte: Agência Brasil)