A pesquisa, que ouviu 26 mil pessoas em 25 países – 800 delas no Brasil –, procurou medir a atitude de cidadãos em diversas partes do mundo em relação ao combate ao aquecimento global.
Os brasileiros foram os que mais se disseram preocupados com a questão: 90% deles consideraram o aquecimento global como “um problema muito sério”.
Argentinos, franceses e sul-coreanos seguiram o ranking, com percentuais de 69%, 68% e 68%, respectivamente.
O fim da lista é ocupado por chineses e americanos, os dois países que lideram o ranking das emissões absolutas de gases que causam o efeito estufa.
Apenas 30% dos chineses disseram considerar o aquecimento global como um problema “muito sério”, com 44% de russos e americanos concordando com essa afirmação.
Sacrifício – A pesquisa serviu para o instituto Pew Research Center, com sede em Washington, chamar a atenção para o encontro crucial das Nações Unidas que começará na capital dinamarquesa, Copenhague, na semana que vem.
A reunião tem por objetivo sentar as bases de um acordo em substituição ao Protocolo de Kyoto, de redução de emissões de carbono, apontados como os principais causadores do efeito estufa e, por consequência, do aquecimento global.
Na pesquisa, os respondentes expressaram sua disposição em fazer sacrifícios para conter o avanço do aquecimento global.
Nesse quesito, os chineses se destacaram: 88% deles disseram que estariam dispostos a pagar preços mais altos de energia se o objetivo fosse combater o aquecimento global.
Outros 82% afirmaram que, para proteger o meio ambiente, vale a pena abrir mão do crescimento econômico e de empregos.
Entre brasileiros, 79% concordaram em reduzir o crescimento e o emprego para proteger o meio ambiente – mas muitos menos (48%) concordariam em pagar preços mais altos pela energia.
Nos Estados Unidos, 64% disseram concordar com o sacrifício macroeconômico mas apenas 41% estariam dispostos a botar a mão no bolso para tanto.
Para o instituto Pew Research, a pesquisa mostra que a preocupação com o clima é “amplamente compartilhada em todo o mundo”. (Fonte: UOL)