O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), do Ministério do Meio Ambiente, lançou o pré-edital de concessão para a Floresta Nacional do Amana, no Pará. Serão disponibilizados 210 mil hectares para a extração de madeira de forma legal e sustentável. A área equivale a 1,3 vezes a do município de São Paulo.
A medida faz parte da estratégia do governo federal para reduzir o desmatamento, evitar a grilagem de terras, estimular a extração legal de madeira na Amazônia e estabelecer uma economia baseada no uso sustentado da floresta. A iniciativa é a primeira de uma série de ações desse tipo previstas para a região de influência da BR-163.
“A concessão é o principal instrumento para desenvolver a economia de base florestal com geração de renda e a manutenção da floresta em pé”, disse o diretor-geral do SFB, Antônio Carlos Hummel.
A floresta do Amana fica no oeste do Pará e faz parte dos municípios de Itaituba e Jacareacanga. A área foi dividida em cinco unidades de diferentes tamanhos para dar chance a diversos empreendedores. A concorrência pública para exploração da floresta é aberta a empresas, cooperativas e associações.
Estima-se que a produção de madeira no local chegue a 150 mil metros cúbicos por ano e seja responsável por uma arrecadação anual em torno de R$ 6,7 milhões. Este valor será repartido entre União, estado e municípios e deve ser aplicado em ações de conservação, manejo e uso sustentável das florestas.
De acordo com o gerente de concessões do SFB, Marcelo Arguelles, os benefícios socioeconômicos vão muito além do valor arrecadado pela União. “Gera circulação, nos municípios abrangidos pela floresta, de cerca R$ 50 milhões anuais nos setores associados à atividade florestal.”
Além de madeira, os vencedores poderão extrair outros produtos, como látex, cascas, cipós, óleos, frutos e sementes. Além disso, eles terão a possibilidade de implantar infraestrutura para expandir o turismo, por meio de atividades como os esportes de aventura e a visitação à região. O SFB projeta a criação de cerca de 1.700 empregos diretos e indiretos com a concessão da área. (Fonte: Agência Brasil)