Baleia encalhada não resiste a salvamento e morre no RS

Uma baleia jubarte que encalhou pela segunda vez nesta semana em uma praia do Rio Grande do Sul não resistiu às operações de salvamento organizadas por uma equipe de resgate e morreu nesta quinta-feira (26).

A baleia, de 12 metros e cerca de 25 toneladas, encalhou pela primeira vez no domingo na praia de Capão Novo, no município gaúcho de Capão da Canoa. Na terça-feira, a equipe de profissionais e voluntários conseguiu rebocá-la, mas no dia seguinte o animal voltou a encalhar.

“O estresse colaborou, talvez também o fato de ela ficar com o peso comprimindo os órgãos … se a respiração não é suficiente, as células podem morrer por causa da falta de oxigênio”, afirmou à Reuters o veterinário Milton Marcondes, do Instituto Baleia Jubarte.

A baleia estava dentro da água, com nadadeiras peitorais e caudal submersa, mas cerca de metade do corpo exposta ao ar. Trata-se de um animal adulto com idade estimada de 5 a 6 anos, pelo comprimento, mas não foi possível determinar o sexo.

“Ela não estava saindo do local porque a água estava rasa, e a maré cavou um buraco embaixo da baleia, e ela foi afundando (na areia)”, afirmou Marcondes.

Segundo o veterinário, não foi encontrado nenhum sinal que pudesse indicar por que o animal encalhou.

A decisão de tentar desencalhar o animal pela segunda vez foi tomada após uma avaliação das condições clínicas, para saber se teria que ser realizada uma eutanásia ou se a baleia tinha chances de sobreviver.

O corpo da baleia passará a noite dentro da água e na manhã de sexta-feira tratores da Prefeitura local vão puxar o animal para a praia, onde será feita uma necropsia para determinar as causas do encalhe e da morte.

“Este ano estamos tendo muito encalhe de animais vivos no litoral do Brasil. Pode ser em função de doença, inexperiência do animal ou pode estar desorientado”, explicou.

As baleias jubarte empreendem a cada ano uma viagem da Antártida rumo à costa nordeste brasileira em busca de águas cálidas e rasas, onde começam a chegar em julho e permanecem até novembro.

A operação para salvar a baleia recebeu o apoio de diversas instituições e empresas e voluntários. (Fonte: G1)