Nações firmam pacto no Japão para dividir riqueza genética da natureza

A agência de notícias Reuters informou que delegados de quase 200 países reunidos na cidade japonesa de Nagoya chegaram nesta sexta-feira (29) a um consenso sobre a delicada questão do acesso aos recursos genéticos dos países em desenvolvimento – ricos em uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, mas que não aproveitam, ou pouco aproveitam, os benefícios econômicos que elas geram.

Com o protocolo sobre Acesso e Partilha de Benefícios (ABS, na sigla em inglês), o dinheiro resultante da venda de produtos baseados em genes do “reservatório de biodiversidade” dos países do Sul – animais, plantas, micro-organismos – seja dividido entre quem pesquisa, desenvolve e comercializa e o país em que o recurso foi identificado e explorado. A meta é, basicamente, conter a biopirataria.

“Protocolo de Nagoya” será o nome de batismo da regulamentação internacional sobre uso de recursos genéticos da biodiversidade aprovada na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).

Em negociações há oito anos, o protocolo ABS havia sido fortemente reivindicado por países em desenvolvimento. “É um sonho que todos os países tinham em mente há muito tempo”, comemorou o ministro japonês do Meio Ambiente, Ryu Matsumoto, que presidiu os debates.

Outro plano de metas – Outro objetivo da conferência foi definir metas para proteger a biodiversidade até 2020, embora os países já tenham descumprido a meta de 2010.

Hoje só 13% dos ecossistemas terrestres estão protegidos. No caso dos oceanos, áreas de preservação não chegam a 1%. Os Estados signatários da CDB assumiram o compromisso de proteger até 2020 17% das áreas terrestres e 10% das áreas marinhas do planeta. (Fonte: G1)