Dezessete cidades estão em situação de emergência em Mato Grosso do Sul devido às chuvas que atingem o estado desde o início do mês, segundo a Defesa Civil.
Na manhã desta sexta-feira (11), o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), fez um sobrevoo junto com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, pelas regiões afetadas para verificar o estrago provocado.
Fernando Bezerra da Integração Nacional anunciou um repasse de R$ 5 milhões para ações consideradas de maior urgência.
O município de Aquidauana, segundo informações do governo, foi um dos mais prejudicados. O Rio Aquidauana chegou a ficar 10 metros acima do nível normal. O Miranda, também na região oeste do estado, transbordou e desabrigou 70 famílias ribeirinhas na cidade de mesmo nome. Em Coxim, o Rio Taquari desabrigou famílias e inundou a área urbana.
O coordenador estadual da Defesa Civil de MS, Ociel Ortiz Elias, disse que alguns municípios tiveram a situação de emergência decretada porque são áreas de colheitas que foram degradadas pelas chuvas. “Estimamos que 30% da produção, entre elas, a de soja, tenha sido perdida”, afirmou.
Ainda não há dado oficial sobre o total de desabrigados no estado, mas segundo previsão da Defesa Civil, o número pode chegar a 15 mil famílias. Não há registro de mortos.
As cidades em estado de emergência são: Aquidauana, Anastácio, Dois Irmãos, Coxim, Campo Grande, São Gabriel do Oeste, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde, Santa Rita do Pardo, Maracaju, Sidrolândia, Rio Brilhante, Dourados, Miranda, Terenos, Bandeirantes e Paranaíba.
Reconstrução – O governador André Puccinelli repassou ao ministro um levantamento completo indicando que, ao todo, serão necessários R$ 109.352.200,00 para restaurar a infraestrutura viária comprometida pelas chuvas. O maior valor, de R$ 80,875 milhões, é para recuperar 1.617,5 km de rodovias estaduais não pavimentadas com implantação de bueiros; outros R$ 23,002 milhões estão sendo pedidos para recuperar pontes e bueiros danificados, em uma extensão total de 1.042 metros; além dos R$ 5,4 para refazer as pontes destruídas.
De acordo com Puccinelli, os impactos dos alagamentos e inundações estão sendo avaliados em três tópicos: o desalojamento de ribeirinhos (foram elencadas 891 famílias que nem mesmo poderão voltar para a morada de origem por estarem e pontos de risco); o dano a estrutura de rodovias e pontes estaduais e vicinais; e a previsão de grande queda de receita de ICMS da produção primária, em função da quebra, principalmente na safra da soja, estimada em pelo menos um milhão de toneladas. (Fonte: G1)