Pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica que pode melhorar a captação de energia solar com o uso de nanopartículas de grafite – mil vezes menores que a espessura de um fio de cabelo.
O estudo foi divulgado na publicação científica “Journal of Renewable and Sustainable Energy” (Revista de Energia Renovável e Sustentável, em tradução livre) nesta terça-feira (5).
Células fotovoltaicas que formam os painéis solares conseguem aproveitar apenas parte da energia do Sol para gerar eletricidade, já que muito é perdido na forma de calor.
Uma alternativa para usar toda a radiação solar são os coletores termais – equipamentos em forma de pratos, tubos e torres.. O objetivo dessa tecnologia é usar o calor para esquentar a água e gerar vapor, por exemplo, em turbinas para gerar eletricidade.
Quando nanopartículas de grafite – do tamanho de um metro dividido em um bilhão de partes – são utilizadas em coletores termais, a capacidade do equipamento para captar energia do sol aumenta mais de 10%.
Segundo os cientistas norte-americanos, o grafite é barato – um grama do material custa apenas um dólar (aproximadamente R$ 1,6) – e absorve muita luz por ter cor preta. Com apenas 100 gramas de nanopartículas, é possível captar a energia solar que seria absorvida por um campo de futebol.
A equipe calcula que o uso de nanopartículas poderia gerar uma economia superior a US$ 3,5 milhões por ano (R$ 5,6 milhões) em uma planta solar com 100 megawatts de potência.
Curiosamente, segundo os cientistas responsáveis pelo estudo, é possível aproveitar nanopartículas também a partir da fuligem de usinas termelétricas movidas a carvão. (Fonte: G1)