Os negociadores do clima reunidos em Bonn, na Alemanha, desde a última semana fizeram pouco progresso para salvar o Protocolo de Kyoto durante as duas semanas de reunião.
O encontro, que termina nesta sexta-feira (17), foi uma prévia da COP 17, que acontecerá em Durban, na África do Sul.
Segundo Adrian Macey, da Nova Zelândia, que preside a sessão de negociações em Bonn, existe muita desigualdade para ocorrer progresso. Para ela, o risco de Kyoto morrer depois de 2012 é muito grande devido à falta de apoio. Os negociadores que participaram afirmam que houve pouco progresso nas questões sobre o corte de emissões e nos aspectos financeiros.
O acordo climático de Kyoto, que abrange 40 países ricos, se tornou o foco principal de debate desde 2009. Entretanto, o embate entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento acaba prejudicando o andamento das nagociações.
“O progresso foi dificultado por quem tem grande responsabilidade histórica nas emissões”, afirmou representante dos países insulares, referindo-se às nações ricas que emitem carbono desde a Revolução Industrial, no século 18.
Problemas – Países como Japão, Canadá e Rússia afirmam que não farão corte nas emissões se o tratado climático em vigência for estendido a partir de 2012 e se não for feito um novo acordo que possa abranger países emergentes, como a China e Índia. Isto pode acontecer, já que não existe o rascunho para uma nova regra global de emissões.
Para piorar, os Estados Unidos, que nunca confirmaram a participação no corte obrigatório, argumenta que tem sido alvo de grandes emissões emergentes.
Entretanto, houve pequenos avanços em Bonn nas questões técnicas, referentes ao compartilhamento de tecnologia limpa e a criação de um fundo para ajudar o desenvolvimento verde das nações. (Fonte: G1)