Terrenos úmidos, florestas e propriedades agrícolas absorvem grandes quantidades de dióxido de carbono. Classificados como “sumidouros”, essas áreas podem se tornar menos eficazes no combate às mudanças climáticas devido à constante elevação da emissão do gás na atmosfera.
Os cientistas afirmam que os ecossistemas terrestres são um freio essencial ao ritmo da mudança do clima, porque os vegetais absorvem grandes quantidades de CO2 à medida que crescem. Isso aumentaria também o nível de carbono no solo.
Entretanto, estudo publicado na revista britânica “Nature”, elaborado por pesquisadores da Universidade do Noroeste do Arizona, dos Estados Unidos, afirma que a constante alta dos níveis de carbono pode provocar a liberação de dois outros gases de efeito estufa muito mais potentes.
Seria o óxido nitroso (N2O), que é 300 vezes mais potente como gás estufa que o CO2, e o metano (CH4), 21 vezes mais poderoso. Ambos são produzidos por micróbios no solo.
Isso significaria que o ritmo do aquecimento global pode ser mais rápido do que se pensava e que complexos modelos feitos para projetar os impactos da mudança do clima deverão ser reajustados.
De acordo com Jan van Kees Groenigen, um dos autores da pesquisa, o fato poderá reduzir em 16% as ações combativas ao aquecimento. Os resultados se baseiam a partir da análise de vários estudos e observações de campo sobre os impactos do aumento dos níveis de CO2. (Fonte: G1)