A Dinamarca se tornou o primeiro país do mundo a introduzir uma sobretaxa para produtos e alimentos que engordam.
A partir deste sábado, produtos como manteiga, leite, queijo, pizza, carne, óleo, azeite e alimentos processados passam a pagar mais impostos se contiverem mais de 2,3% de gordura saturada.
Segundo o jornal ‘Copenhagen Post’, um pacote de 250 gramas de manteiga sofrerá um aumento de mais de 14%, enquanto o litro do azeite de oliva custará 7% a mais.
A medida vem gerando polêmica tanto entre consumidores – que terão de gastar mais na sua compra de supermercado – quanto entre porta-vozes da indústria.
A Federação Dinamarquesa de Alimentos e Bebidas disse que a decisão pode levar muitos cidadãos a simplesmente cruzar a fronteira e fazer suas compras na Alemanha.
Segundo correspondentes, às vésperas do aumento, a população fez compras em grandes quantidades de produtos como manteiga, queijo e azeite.
‘Foi uma semana caótica, com muitas prateleiras vazias. As pessoas encheram suas geladeiras’, disse à agência AFP o proprietário de um supermercado em Copenhague.
Benefício para a saúde – A taxa também não é unanimidade entre os cientistas: uma parte da comunidade científica defende que a gordura saturada não é necessariamente o maior inimigo da silhueta.
Segundo estes especialistas, mais nocivo é o excesso de sal, açúcar e carboidratos refinados (presente em alimentos como o arroz branco, macarrão, massas e outros feitos a partir de farinha de trigo refinada, como pão branco, biscoitos e bolachas).
Segundo um estudo recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o índice de obesidade na Dinamarca está abaixo dos índices de outros países ricos.
Em 2005, 11% da população dinamarquesa podia ser considerada obesa, enquanto a taxa de sobrepeso no país era de 45%. Entre os países da OCDE, esses números eram de 16% e 50%, respectivamente.
Para efeito de comparação, nos EUA, 34% da população são obesos; no México, 30%; no Brasil, 16%; na França, 11%; e no Japão, 3%, ainda de acordo com os números da OCDE. (Fonte: G1)