Autoridades birmanesas pediram nesta terça-feira (1º) aos países desenvolvidos que compartilhem suas tecnologias verdes, no último esforço do governo do país, apoiado pelos militares, de chamar a atenção da comunidade internacional.
“Como país em desenvolvimento, nós precisamos de transferência tecnológica, particularmente para o desenvolvimento de eletricidade renovável através de energia solar, eólica e das marés”, afirmou o ministro de Conservação Ambiental e Silvicultura, Win Tun, ao inaugurar uma conferência na capital, Naypyidaw.
Segundo o ministro, as experiências dos outros países “dariam uma oportunidade para desenvolvermos um mapa do caminho para o crescimento verde de Mianmar”.
O primeiro Fórum de Economia e Crescimento Verde de Mianmar é celebrado apenas algumas semanas depois que o regime autoritário surpreender os observadores ao suspender a construção de uma gigantesca represa, apoiada pela China, em uma rara concessão à opinião pública do país.
Mianmar é uma das nações menos desenvolvidas do mundo, mas é rica em recursos naturais, tais como petróleo, gás, minerais e pedras preciosas.
Nos últimos meses têm aumentado as esperanças de uma mudança política no país, com esforços do novo governo civil nomeado em chegar a um consenso com os adversários e dar novos passos rumo a uma maior abertura.
Os observadores afirmam que a movimentação parece demonstrar o desejo de Mianmar de encerrar seu longo isolamento internacional, mas é pouco provável que as sanções financeiras e comerciais impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia sejam suspensas no curto prazo.
Entre os presentes à abertura da conferência ambiental de quatro dias estava o alto funcionário das Nações Unidas Vijay Nambiar, em visita ao país.
Chefe de gabinete do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, Nambiar chegou segunda-feira ao país e os compromissos previstos em seus cinco dias de visita incluem um encontro com autoridades governamentais e com a ativista Aung San Suu Kyi.
Suu Kyi deve participar do último dia do fórum ambiental, na sexta-feira, quando o evento se mudará para a antiga capital, Yangun, no mais recente de uma série de convites feitos pelo governo à líder oposicionista birmanesa. (Fonte: G1)