Maria das Graças Foster será indicada para presidir Petrobras

A Petrobras divulgou uma nota nesta segunda-feira (23) para esclarecer sobre notícias divulgadas na imprensa acerca de possíveis alterações na Diretoria Executiva, com a saída do presidente atual, José Gabrieli.

A companhia informou que o Conselho de Administração é o órgão responsável pela eleição do cargo máximo da estatal e que o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Guido Mantega, irá encaminhar como proposta a ser apreciada na próxima reunião a indicação da atual Diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Silva Foster, para presidir a Petrobras. A próxima reunião está marcada para o dia 9 de fevereiro.

Foster, de 55 anos, possui um perfil técnico e a confiança da presidente Dilma Rousseff, segundo analistas do setor, e deve substituir José Sérgio Gabrielli, que está à frente da empresa estatal desde 2005. O anúncio foi realizado após notícias divulgadas pela mídia brasileira de que a direção da Petrobras seria alterada após resultados financeiros decepcionantes.

No domingo, surgiu a informação de que Gabrielli teria renunciado à direção da empresa, mas a estatal não havia confirmado. Gabrielli deve abandonar a empresa para assumir um cargo no governo da Bahia, seu Estado de origem. O objetivo principal seria prepará-lo como candidato para suceder o atual governador, Jacques Wagner, do PT, em outubro de 2014.

Carreira – Foster fez toda sua carreira dentro de Petrobras, onde ingressou em 1978 como estagiária e, desde 2007, ocupa o cargo de diretora do setor de Gás e Energia. Conhecida como “mão de ferro”, Foster é próxima da presidente Dilma, a quem conheceu quando a presidente era secretária de Energia do Estado do Rio Grande do Sul. Foster, que viveu em uma favela do Rio de Janeiro até os 12 anos, afirmou em uma entrevista ao jornal O Globo, em setembro, que conheceu “a violência doméstica quando pequena e as dificuldades da vida”.

A eleição de Foster não foi uma surpresa. Desde o início do governo Dilma, em janeiro de 2011, seu nome era citado no caso de uma eventual substituição de Gabrielli disse Adriano Pires, especialista do setor petroleiro do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Segundo Pires, um dos principais desafios de Foster será aumentar a produção da Petrobras, “que caiu 0,9% em 2011 com relação a 2010” e por fim ao receio do mercado financeiro sobre a companhia. (Fonte: Zero Hora/RS)