As federações de indústrias do Rio de Janeiro e São Paulo e a iniciativa privada vão financiar um megaprojeto para promover projetos sustentáveis de cidades do mundo todo durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Rio +20, que acontece em junho na capital fluminense. A ideia é que representantes municipais do planeta apresentem suas inovações tecnológicas e troquem experiências para alavancar um desenvolvimento que respeite o meio ambiente.
A reunião para tratar dos últimos detalhes da iniciativa foi fechada para a imprensa e ocorreu no Palácio do Itamaraty, Centro, na presença do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, com representantes da prefeitura do Rio, da Fundação Roberto Marinho e dos presidentes da Federação das Indústrias do Rio e de São Paulo (Firjan e Fiesp), Paulo Skaf e Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
De acordo com Patriota, o local servirá de convergência para os diferentes setores da sociedade debaterem formas de conciliar o desenvolvimento social, com o econômico e o ambiental.
“Nosso lema é desenvolver, incluir e conservar, e o Brasil tem muito a oferecer nessas três áreas. E esse espaço pode ser um local privilegiado para ilustrarmos o que está sendo feito, levantarmos questões para o futuro, além de ser uma construção provisória que coloca em evidência a beleza do Rio de Janeiro”, declarou o ministro.
O Forte de Copacabana foi o local escolhido para abrigar o projeto que está sendo mantido em sigilo até seu lançamento em março. A maquete do enorme edifício que foi apresentada no encontro deve começar a sair do papel em meados de março.
O presidente da Firjan explicou que a contribuição das indústrias para o evento será a de demonstrar ao mundo a competência brasileira de pensar o futuro.
“Precisamos trabalhar para o desenvolvimento sustentável e isso não é incompatível com a produção. É preciso estimular práticas de produção antenadas com o novo mundo”, declarou Eduardo Eugenio.
Após a reunião, o ministro Patriota viajou para a Suíça onde participará do Fórum Econômico Mundial, iniciado na quarta-feira (25), em Davos. De acordo com o ministro, a Rio+20 será o tema central a ser abordado pelo Brasil no Fórum.
A Rio+20 está marcada para ocorrer em junho, na capital fluminense, e deve reunir mais de 150 chefes de Estado para discutir formas de promover o desenvolvimento sustentável. A reunião acontece exatamente 20 anos depois da conferência Eco92, também promovida pela ONU, no Rio, para debater meios de desenvolvimento sem degradar o meio ambiente. (Fonte: Flávia Villela/ Agência Brasil)