As orcas, também chamadas de baleias assassinas, se unem em grupo para matar baleias maiores no Ártico, segundo uma pesquisa sobre hábitos alimentares da espécie, realizada pela Universidade de Manitoba, em Winnipeg, Canadá. A vítima é a baleia da Groelândia, que pode chegar a 20 metros de comprimento, mais que o dobro da orca.
Durante a caçada, espécimes de orca seguram nadadeiras e caudas da baleia da Groelândia e cobrem seu orifício de respiração. Enquanto isso, outras orcas mordem a baleia ou se colidem com ela para causar danos internos. Animais mortos, com marcas de mordidas e muito pouco comidos, são frequentemente encontrados por comunidades inuítes, os esquimós.
As baleias da Groelândia não são as únicas vítimas das orcas, um dos maiores predadores marinhos. O medo das baleias assassinas leva muitos mamíferos marinhos a se esconderem, buscando refúgio em águas rasas ou entre o gelo.
De acordo com a pesquisa canadense, o território de caçada das orcas poderia aumentar devido ao aquecimento global e o derretimento das geleiras, prejudicando seriamente o equilíbrio marinho.
Isso já estaria ocorrendo no Ártico, apontam os cientistas. As orcas, que antes apareciam apenas sazonalmente na região, começaram a colonizar algumas áreas, como a Baía de Hudson. Um dos motivos, segundo a pesquisa, seria a redução de áreas de mar congelado no verão.
Para realizar o estudo, os pesquisadores contaram com a colaboração dos inuítes. Eles relataram que as orcas que vivem no Ártico “comem tudo que elas conseguem pegar”, inclusive focas e baleias. No entanto, existem poucos indicativos de que elas comem peixe, ao contrário de animais da mesma espécie encontrados no Pacífico. (Fonte: Globo Natureza)