UE mantém taxa de carbono para aéreas, apesar de rejeição da China

A União Europeia (UE) comunicou nesta segunda-feira (6) que vai manter a legislação que obriga as companhias aéreas a pagar uma taxa pelas emissões poluentes, chamada taxa de carbono (CO2), apesar da rejeição da medida pela China.

“Não vamos modificar nossa legislação”, afirmou o porta-voz da Comissão Europeia para o clima, Isaac Valero-Ladron, a respeito do governo chinês ter proibido nesta segunda-feira (6) as companhias aéreas do país de pagar pela contaminação que produzem, como exige a lei europeias, sem permissão prévia.

Com a taxa, introduzida em 1º de janeiro, os europeus querem obrigar a todas as empresas aéreas, independente de sua nacionalidade, a comprar o equivalente a 15% das suas emissões de CO2, ou seja, 32 milhões de toneladas, para lutar contra o aquecimento global.

Mais de vinte países, entre eles Índia, Rússia, China e Estados Unidos, se opõem a esta medida.

“As companhias aéreas da China não estão autorizadas a pagar o imposto sobre as emissões de carbono exigido pela União Europeia (…) sem a permissão do governo”, disse a administração da aviação civil, citada por agência estatal de notícias da China.

No começo de janeiro, a China indicou que não cooperaria com a UE e insinuou represálias. “A China não vai cooperar com a UE no regime de comércio de direitos de emissão”, disse Chai Haibo, secretário geral adjunto da Associação de Transporte Aéreo da China (Cata). (Fonte: G1)