Os agricultores do agreste de Alagoas se uniram e reaproveitam banana, mamão e caju na fabricação de doces. O trabalho todo é feito de forma sustentável porque a agroindústria funciona com energia gerada pelo sol e pelo vento.
O agricultor Delmiro de Lima sustenta com a fruticultura a esposa e os três filhos. A produção era vendida para as feiras de Palmeira dos Índios e cidades vizinhas. Havia perda de muitas frutas por causa da falta de comprador suficiente. Agora, o que é colhido vai para a fábrica de doces.
Vinte e duas famílias abastecem a fábrica que faz parte do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Eletrobrás Alagoas. O investimento tem como meta implantar um modelo de geração de renda sustentável para comunidades rurais e estimular o uso eficiente da energia elétrica e a utilização de energias renováveis.
A bomba d’água da cooperativa funciona com energia eólica, produzida pelo vento através do cata-vento. A água utilizada na produção dos doces é aquecida pela luz do sol.
“A gente usa essa energia disponibilizada pela natureza para ajudar na economia da energia na fábrica”, explica Edmilson Santos, engenheiro eletricista.
Quem trabalha na cooperativa são as esposas dos produtores rurais que nem imaginavam que o sol produzia energia. “Eu tenho 55 anos e nunca tinha visto. A água vem bem quente para lavar as frutas e matar os micróbios”, diz a cooperada Raimunda Gama.
Depois de lavadas, as frutas são selecionadas. Algumas viram massa na máquina e outras são transformadas em doce em calda no tacho elétrico.
A capacidade de produção é de 250 quilos de doce por dia. Por enquanto, o trabalho só está começando, mas a meta é abastecer todo o estado. (Fonte: Globo Rural)