Após maior seca dos últimos 60 anos, Rio Grande do Sul tem previsão de chuva nos próximos dias

Os 145 municípios em estado de emergência por causa da estiagem que atinge o Rio Grande do Sul poderão ter um alívio a partir desta semana. A previsão para quinta-feira (31), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de tempo nublado, com pancadas de chuva e possibilidade de queda de granizo nas regiões norte, noroeste, nordeste e no centro do estado. O frio também será intenso e a mínima prevista para amanhã é 3 graus Celsius (ºC).

O Rio Grande do Sul enfrenta desde novembro do ano passado, a maior seca dos últimos 60 anos. De acordo com o Centro Estadual de Meteorologia (Cemet-RS), com a chegada do inverno as chuvas voltarão à normalidade. O instituto prevê chuvas fracas já na primeira semana de junho e um aumento das precipitações na segunda quinzena do mês.

O governo estadual, por meio da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), liberou R$ 4 milhões para as cidades atingidas pela estiagem. Esse valor será destinado à perfuração de poços profundos, para obras de reforços como aproveitamento de poços, dragagem e desassoreamento de barragens, instalação de válvulas reguladoras de pressão e contratação de caminhões-pipa e para análises técnicas, físico-químico e bacteriológicas em águas provenientes dos poços perfurados.

O governo prevê ainda a transposição do Rio do Cravo em Erechim, das águas do Rio Jacuí para o recalque do Rio Passo Fundo Novo, e do Rio Passo da Porteira para a Barragem Arroio das Pedras. Um investimento de cerca de R$ 35 milhões, que serão liberados pelo Governo Federal e pelo estado.

O meteorologista Flávio Varone, do Cemet-RS, explicou que a causa da estiagem se deve pelo fenômeno La Ninã, que altera a circulação dos ventos que favorecem a formação de chuvas. Ainda segundo Varone, a atmosfera está voltando ao normal aos poucos.

“La Niña já acabou, agora estamos em um período que se chama neutralidade. Aos poucos a atmosfera está voltando [ao normal], para isso precisamos do suporte principalmente da umidade da Amazônia, que está deslocada para o Sudeste e Centro-Oeste. Essa umidade vai migrar para o Rio Grande do Sul e trazer a chuva que todo o mundo espera”. (Fonte: Agência Brasil)