O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou na tarde desta segunda-feira (18) que o banco trabalha em conjunto com outros 18 bancos de desenvolvimento de vários países na elaboração de um pacto dessas instituições com o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Coutinho, que participou de um painel de discussão sobre economia verde nesta segunda, último dia do Fórum de Sustentabilidade Empresarial, que acontece num hotel da Barra da Tijuca, disse ainda que a carta de compromisso será divulgada na terça-feira (19).
“O International Finacial Club, um clube de instituições de financiamento ao desenvolvimento, reúne 19 bancos de desenvolvimento de vários países. Temos trabalhado em conjunto no sentido de pactuar entre nós um comprometimento das instituições com o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Estamos finalizando os entendimentos e divulgaremos a carta de compromissos na terça-feira”, disse ele.
Sobre a invasão de índios ao prédio do BNDES, no Centro do Rio, na tarde desta segunda-feira, os acontecimentos do fim de semana, em que protestos em Belo Monte resultaram em atos de vandalismo, Coutinho disse que “vandalismo é sempre condenável”.
“Principalmente porque a ferramenta numa sociedade democrática é o diálogo e a negociação. O banco sempre esteve aberto ao diálogo com os movimentos sociais. Eu pessoalmente em várias oportunidades tive extensos diálogos com os movimentos sociais. Não estava sabendo desse evento. Mas temos toda a abertura para conversar”, disse.
Financiamento para estados – Quanto à ativação da linha de financiamento para os estados, para investimentos em infraestrutura, anunciada na sexta-feira (15) pela presidente Dilma Rousseff, o presidente do BNDES disse que reuniões técnicas estão sendo feitas no Rio e em Brasília para aperfeiçoar o projeto.
“Basicamente está sendo discutido o mais importante: o critério de alocação dos recursos, combinando redistribuição para os estados mais pobres e de maior população, que é o critério dos fundos de participação, com o outro lado, que é o da eficácia. Existem estados que têm carteiras de projetos mais maduras e, portanto, mais viáveis a curto prazo. É o que se deseja combinar”, explicou.
Perguntado se o lançamento da linha teria impacto nas projeções de desembolsos do banco para este ano, ele disse, as contratações demoram algum tempo e que, como já se passou metade de 2012, o impacto mais substancial será em 2013.
“E talvez em parte em 2014. Portanto, não antevejo um estresse sobre o funding do banco para 2012′, afirmou. (Fonte: Lilian Quaino/G1)