Um grande número de capivaras tem migrado para o entorno do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho, desde o enchimento do reservatório. Os animais estão em uma área de floresta preservada e de mata abundante, localizada acima da barragem da hidrelétrica. A água tranquila e sem correntezas pode ser o motivo do aumento da presença dos animais, que vivem na interface de terra e água.
De acordo com o biólogo Alexandre Marçal, analista ambiental da concessionária responsável pela usina, a presença dos animais no canteiro de obras sempre foi comum. As costumavam migrar para o local na época da cheia do rio, quando a área alagava. “Com o enchimento do reservatório, pequenos braços e lagos permanentes se formaram no entorno, se tranformando em um ótimo ambiente para as capivaras”, diz Alexandre.
O biólogo detalha que a capivara convive bem com a presença humana e não oferece riscos a saúde e, que por este motivo, não será necessária a retirada dos animais do local. “Em algumas áreas do Brasil, há casos de transmissão de doenças, o que não é o caso das capivaras da região Norte”, salienta Marçal.
Segundo Alexandre, a concessionária não realiza o controle da presença dos animais no local, por se tratar de uma área onde não haverá mais obras. “A capivaras não estão ameaçadas e também não oferecem riscos a quem circula no local. Nunca vi casos de pessoas atacadas pelo animal”, diz o analista.
Não se sabe a quantidade de capivaras no local, mas a presença é grande e, por este motivo, placas sinalizando a circulação dos bichos no local foram colocadas para orientar motoristas e evitar acidentes. “Quando uma capivara é avistada, certamente haverá outras atrás, pois elas costumam circular em grandes bandos, por isso a atenção deve ser redobrada”, finaliza Alexandre Marçal. (Fonte: Vanessa Vasconcelos/G1)