Uma equipe de cientistas da agência espacial americana Nasa e do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA, anunciou haver testado com sucesso um novo sistema de energia baseado em um reator nuclear. O mecanismo permitiu acionar um motor e pode servir para alimentar sondas ou voos espaciais no futuro, segundo os pesquisadores.
Os cientistas disseram ter conseguido usar técnica de refrigeração conhecida como “tubo de calor” para transformar o calor produzido por um pequeno reator atômico em energia suficiente para mover um motor do tipo Stirling.
O sistema de “tubo de calor”, que também é encontrado em alguns tipos de resfriadores de computadores, é composto de um ou mais tubos selados com um fluído, como água, com a função de transferir ou eliminar calor. Ele foi usado para transferir calor do reator nuclear para um motor Stirling de dois pistões, com tecnologia simples, segundo uma nota divulgada pelo laboratório de Los Alamos na segunda-feira (26).
O motor Stirling foi criado no século 19. Essa tecnologia converte calor em energia elétrica por meio de um gás pressurizado que move um ou mais pistões, informa a nota.
“Usar os componentes em conjunto permitiu criar uma fonte de energia simples, porém confiável, que pode ser adaptada para uso no espaço”, disseram os cientistas.
Urânio – Eles usaram o “tubo de calor” com água para carregar a energia energia térmica oriunda do urânio usado no reator. Então, acionaram os pistões do motor durante o teste.
A maior diferença entre o sistema testado e um candidato para ser usado voos é que a entrada de calor no Stirling precisaria aguentar temperaturas mais elevadas, para garantir eficiência e saída de energia para as missões espaciais”, disse o engenheiro David Poston, do Laboratório de Los Alamos, ao site da instituição. (Fonte: G1)