Um novo tipo de viagem vem ganhando espaço na agenda global, principalmente neste período de fim de ano e férias: o turismo sustentável. Além de gerar emprego e renda, benefícios sociais e preservar o meio ambiente, as práticas do turista sustentável vão desde o planejamento até o meio de transporte utilizado. Para orientar e dar informações sobre esse novo modelo de turismo, o Ministério do Meio Ambiente orienta e esclarece dúvidas com a campanha Passaporte Verde.
Trata-se de um guia, disponível na maioria dos pontos turísticos e rede hoteleira brasileira, com detalhes, informações e orientações sobre o turismo sustentável, atividade que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades. A publicação é resultado da força-tarefa internacional para o desenvolvimento do turismo sustentável. No Brasil, a campanha é coordenada pelos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
“Ao escolher seu destino, o turista deve certificar-se que o local oferece meios de transporte, acomodações e tratamento de lixo e esgoto adequados”, destaca o gerente de Projetos da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente, Allan Milhomens. Para isso, deve preferir acomodações que tenham equipamentos eficientes e que permitam o uso racional da energia e da água e priorize o serviço de guias e condutores integrantes das comunidades locais. Além de preocupe-se com as emissões de gás carbônico dos meios de transporte que utiliza.
Cultura e tradição – Após escolher o destino, o turista deve buscar informações sobre a região a ser visitada, cultura e tradição do seu povo, o que garantirá uma melhor convivência durante a sua permanência no local. Outra dica é buscar conhecer as Unidades de Conservação que permitem visitação, como parques, áreas de proteção ambiental, reservas de desenvolvimento sustentável, reservas particulares, entre outras. Conforme destaca o coordenador da SEDR, o interesse pelo contato com ambientes naturais favorece o trabalho de conservação desses espaços.
Ao fazer a mala, o turista deve pensar no que deve levar, já que a quantidade de itens na bagagem aumenta o impacto da viagem, devido às emissões de gás carbônico e lixo que gera. Uma alternativa é tentar não levar de casa nada que possa encontrar no destino final ou comprar produtos de higiene ou alimentos nos mercados locais. “Sem contar que ao tomar essas atitudes, o turista estará contribuindo com a geração de empregos e aumentando a renda dos moradores”, destaca o representante do MMA. Ele alerta, ainda, para o turista ter cuidado com pilhas, baterias e lâmpadas, pequenos objetos que contêm materiais tóxicos que contaminam a água e o solo quando descartados de forma inadequada. A dica é jamais jogar esse material no lixo comum e depositar esses itens em coletores específicos. Caso o turista não encontrar lugar adequado para depositá-los, traga-os de volta.
Menos esforço – Embalagens são um problema para o meio ambiente em qualquer ocasião, inclusive em viagens. A orientação é retirar as mercadorias das embalagens antes de viajar. Além de produzir menos lixo, o turista deixará sua bagagem mais leve, evitar emissões durante o transporte e poupar fôlego durante caminhadas com mochila. “Caso queira levar uma embalagem cheia, traga-a vazia na volta”, orienta Allan Milhomens. Xampus e sabonetes líquidos ecologicamente corretos (biodegradáveis) já estão disponíveis. Uma alternativa é utilizá-los nas viagens e usar a menor quantidade possível. “Isso mantém as fontes de água potável, rios e mares livres de poluição”, acrescenta. Além disso, o viajante pode dar uma finalidade cultural às revistas e aos livros que terminou de ler, deixando-os na própria comunidade ou na escola local.
Tanto para um fim de semana como para uma viagem mais longa, o turista sustentável deve escolher a acomodação que segue as mesmas práticas verdes que deveria ter na sua casa. Esses cuidados vão desde o tipo de construção até o modo como o empreendimento se relaciona com seus colaboradores e com a comunidade. No Brasil, além da rede hoteleira e das pousadas, há a opção de hospedagem na casa dos moradores locais em algumas regiões. Prefira instalações que se preocupem com a sustentabilidade nos seus serviços. (Fonte: Sophia Gebrim/ MMA)