Operação realizada no entorno do Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio, embarga uma carvoaria, destrói sete fornos para produção de carvão e apreende 12 toneladas de carvão produzidos ilegalmente.
A ação contra o crime ambiental desencadeada na extensa área de Mata Atlântica que liga Jacarepaguá a Realengo e a Bangu, na zona oeste da capital fluminense contou com uma retroescavadeira. Os agentes da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) demoliram fornos.
“A carvoaria misturava carvão que ‘importavam’ de Minas Gerais com vegetação de Mata Atlântica. Então, derrubamos os fornos, a atividade da carvoaria está embargada. O carvão foi apreendido e o proprietário será multado. Multa cujo valor pode chegar a R$ 1 milhão por diversas irregularidades ambientais. Nós estamos intensificando as fiscalizações na região e esta ilegalidade foi descoberta em uma dessas ações”, diz o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
Segundo o chefe da Cicca, José Maurício Padrone, o proprietário da carvoaria praticava diversas irregularidades ambientais, como poluição causada pela queima da madeira. Além disso, as pessoas que trabalhavam na carvoaria eram submetidas a trabalho degradante.
“O trabalhador atuava em um ambiente com péssimas condições, análoga ao trabalho escravo. Além dos fornos, há a questão das condições de trabalho. Na Serra do Sambê, em Rio Bonito, por exemplo, há dois anos, os fornos para a produção de carvão eram uma praga. Então, com muito trabalho, conseguimos acabar com essa prática naquele município e, hoje, os trabalhadores que atuavam nessas atividades, de forma insalubre, estão trabalhando na produção de banana-passa, um trabalho muito mais digno”, explica. (Fonte: Portal Terra)