Discussões sobre desafios e oportunidades para o bioma foram destaque no encerramento do evento “Aprendizagens e Perspectivas para Políticas Públicas de Biodiversidade e Clima para a Mata Atlântica”, na tarde desta quarta-feira (27), no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília. O encontro, que marcou o encerramento do Projeto Proteção da Mata Atlântica II, iniciado em 2009 por meio de cooperação técnica e financeira entre Brasil e Alemanha, promoveu uma avaliação dos quatro anos de atividades, com a sistematização das informações em uma publicação, prevista para ser apresentada na semana da Mata Atlântica, em maio.
“Estamos passando por importante momento de avaliação do projeto e análise dos resultados, do que foi válido e merece ser replicado, com base em discussões produtivas dos quatro eixos temáticos”, destacou a diretora do Departamento de Conservação da Biodiversidade da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Daniela Oliveira. Segundo ela, os dados levantados durante os dois dias do evento serão usados pelo Ministério do Meio Ambiente para orientar a formulação de políticas públicas e futuros projetos que envolvem a conservação do bioma.
Nova etapa – A diretora do MMA destacou, também, que será anunciada em maio a nova etapa do projeto, porém com novidades. “Na terceira edição, seguiremos um caminho diferente, com o objetivo de ver como a Mata Atlântica contribui nas questões de manutenção climática”, disse. A segunda edição, encerrado este ano, foi focada em quatro eixos temáticos: pagamento por serviços ambientais, criação de unidades de conservação, adequação ambiental de imóveis rurais e planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica.
Durante os dois dias, representantes da sociedade civil organizada, organizações não governamentais, analistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), especialistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Ministério das Cidades, além de analistas ambientais do MMA discutiram os quatro eixos temáticos do projeto. Para a diretora do Programa de Florestas Tropicais da Cooperação Alemã GIZ, Ingrid Prem, uma as demandas apresentadas pelos participantes do encontro foi a necessidade de ampliação de atividades de educação ambiental, além de esclarecimentos quanto à importância das unidades de conservação às populações que vivem próximas a essas áreas. Já as oportunidades apresentadas pelos participantes do encontro apontam a crescente mobilização do governo e sociedade a favor da valorização da qualidade da floresta, biodiversidade e clima. (Fonte: MMA)