A empresa que administra a central de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tepco), deve melhorar os sistemas essenciais para evitar a repetição de incidentes, afirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
“A Tepco deve prosseguir em seus esforços para melhorar a confiabilidade de seus sistemas essenciais, para avaliar a integridade das instalações e para reforçar a proteção contra riscos externos”, destaca um comunicado do organismo da ONU publicado nesta segunda-feira (22).
O comunicado foi redigido com base em reuniões com representantes do governo japonês e da Tepco, na semana passada, e em uma inspeção à usina. Em março de 2011, um terremoto seguido de tsunami provocou um vazamento radioativo no local.
Poucas horas antes, a Tepco anunciou que desativou temporariamente o sistema de refrigeração de uma piscina de combustível usado de um reator, depois de encontrar, perto de um transformador externo conectado ao sistema de refrigeração, dois ratos mortos.
A medida foi adotada para permitir aos funcionários da central retirar os animais mortos e verificar se haviam danificado o delicado sistema elétrico, afirmou a Tepco.
A temperatura da piscina era de 13,9°C no momento da desativação. Sem refrigeração, deve subir ao ritmo de 0,187°C por hora. A princípio, não corre o risco de alcançar, antes da reativação, o limite de segurança de 65°C fixado pelas autoridades.
Em março, um rato provocou um curto-circuito e provocou uma falha nos distribuidores elétricos, o que paralisou por quase 30 horas parte dos sistemas de refrigeração das piscinas de desativação de combustível usado.
Vários casos de vazamento de água radioativa foram registrados recentemente e obrigaram a Tepco a conter o líquido contaminado de maneira improvisada. (Fonte: G1)