Equipes do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) e da ONG Pat Ecosmar encontraram morta, na manhã desta quinta-feira (18), uma baleia jubarte fêmea com 11 metros de comprimento e peso estimado de 25 a 30 toneladas. O animal foi achado na praia do Espelho, em Porto Seguro, litoral sul da Bahia.
As equipes se deslocaram para o local com o objetivo de averiguar a situação do animal e investigar as causas da morte. De acordo com a organização não governamental, a baleia já chegou morta à praia.
O IBJ informou que a informação de que a baleia estava na praia chegou na quarta-feira, mas as equipes chegaram hoje ao local. “Provavelmente, ela pode estar lá desde terça”, informou Lucian, segundo o qual as equipes irão investigar se o animal teve alguma fratura pelo corpo.
Este é o segundo caso de baleia jubarte encontrada morta este ano – o primeiro ocorreu em 9 de junho num local de difícil acesso (com acesso somente por barco), na praia de Barra Velha, em nova Viçosa, também no litoral sul baiano.
Foi uma baleia macho, com idade entre 60 e 70 anos, 13 metros de comprimento e peso estimado de 40 toneladas. Na época, o IBJ confirmou as suspeitas de que o animal foi morto por atropelo de embarcação, pois “estava com uma fratura muito grande no crânio”.
O mês de julho marca, todo ano, o início da temporada de migração das baleias jubarte, que saem da Antártida (de águas geladas) para o litoral brasileiro (de águas quentes) para acasalar e ter seus filhotes. A temporada vai até novembro. Empresas de turismo aproveitam a época para realizar passeios para observar os animais.
De acordo com o IBJ, para esta temporada são esperadas 14 mil baleias – a maioria delas (95%) fica no Parque Marinho de Abrolhos, litoral sul baiano. Censo de 2011 do IBJ, realizado entre o litoral de Sergipe e Rio de Janeiro, constatou 11.418 baleias. Pesquisa de 2008 havia registrado 9.330 indivíduos.
Com a temporada, o IBJ tem realizado também campanhas de orientação à população sobre como proceder em caso de encalhes, que de 2002 a 2005, chegaram a 22 casos por ano no Brasil. Já entre 2006 e 2009 o número foi pra 37 animais e em 2010 foi a 96 – maior registro dos últimos anos. Em 2011 houve redução para 39 encalhes e ano passado voltou a subir, com 44 casos.
“A orientação é que em caso de encalhes (a população) entre em contato com o programa de resgate e não toque no animal. É comum, principalmente em locais de fácil acesso e no caso de animal ainda em vida, a população se reunir para tentar salvá-lo. É essencial, entretanto, que o trabalho seja feito por especialistas preparados para devolver o animal à água, no caso de bicho vivo em boas condições, ou para avaliar e possibilitar a retirada da carcaça quando a baleia ou outro animal chega à areia já decomposto”, comunica o IBJ.
Os telefones do programa de resgate (ligações a cobrar são aceitas) são: Praia do Forte (Salvador): 71-3676-1463 e 71-8154-2131; ou Caravelas (BA): 73-3297-1340 e 73-8802-1874. O IBJ frisa que conta com uma rede de parceiros que o auxilia no trabalho de resgate em várias partes do Brasil. (Fonte: Terra)