A bióloga Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace, ficará sob custódia na Rússia por mais três dias, até nova audiência, de acordo com informações divulgadas pela conta da organização no Twitter. A brasileira faz parte do grupo de 30 ativistas do Greenpeace que foram presos no protesto contra uma plataforma petrolífera da gigante russa Gazprom no Ártico.
O tribunal da cidade de Murmansk, no norte da Rússia, está interrogando individualmente os ativistas nesta quinta-feira (26). De acordo com o Greenpeace Brasil, 15 pessoas já passaram pelo julgamento: 11 tiveram a prisão prolongada por mais dois meses e 4, incluindo Ana Paula, ficarão sob custódia por três dias até a nova audiência.
Segundo o Greenpeace Brasil, ainda não se sabe por que o tribunal está proferindo duas decisões diferentes para membros do mesmo grupo.
Até o momento, os que ficarão detidos por mais dois meses são o polonês Tomasz Dziemianczuk, o canadense Paul Douglas, o americano Pete Willcox, o suíço Marco Weber, o turco Gizhem Akhan, o francês Deckhand Francesco Pisanu e os neozelandeses David John Haussmann e Jonathon Beauchamp. Os russos Denis Sinyakov, fotógrafo que trabalha para o Greenpeace, e Roman Dolgov tiveram a mesma sentença.
Com a brasileira, o sueco Dima Litvinov, a holandesa Faiza Oulahsen, além de um cozinheiro ucraniano e de um ativista russo cujos nomes não foram divulgados, ficarão detidos por mais três dias até novo julgamento.
Grupo todo está no tribunal – Os 30 militantes detidos – acusados de ‘pirataria’, crime que pode ser punido com até 15 anos de prisão na Rússia – comparecem nesta quinta-feira ao tribunal, que deve decidir sobre a detenção.
As forças de segurança russas rebocaram o quebra-gelos ‘Artic Sunrise’, no qual viajavam os ativistas e que foi controlado na quinta-feira passada por uma unidade militar. A comissão de investigação advertiu que solicitaria o prosseguimento da detenção de todos os ativistas. (Fonte: G1)