O projeto ‘Biofertilizantes e Biodefensivos: Saúde para o Homem e para a Natureza’, da Escola Municipal Maria Montessori de Cacoal, RO, foi escolhido para a etapa regional da IV Conferência Estadual Infanto Juvenil, que acontecerá de 4 a 6 de novembro em Porto Velho. A estudante Melissa Jaskiu dos Santos, de 12 anos, irá representar a escola e foi uma das idealizadoras do projeto. “Nós percebemos na comunidade escolar que hoje em dia estão ocorrendo muitos problemas com a poluição do ar, da água e da terra devido o uso de agrotóxicos, então resolvemos desenvolver um projeto para mudar essa situação no nosso município”, afirma a estudante.
De acordo com a professora e orientadora do projeto, Ana Claudia de Oliveira, o objetivo era produzir biofertilizantes e biodefensivos na escola e na comunidade. O projeto é desenvolvido desde julho. “Queremos sensibilizar a comunidade escolar para a prática da agricultura sustentável, evitar a contaminação do produto, do consumidor e do solo, obter produtos agrícolas mais saudáveis, além de reduzir o uso de agrotóxicos”, afirma a professora.
Com os biofertilizantes e biodefensivos produzidos nas escola é possível tocar a lavoura com custos mais baixos e obter uma produção cada vez mais orgânica, segundo a professora. Para isso, a escola aproveita alguns subprodutos disponíveis no lote agrícola para fabricar os adubos e inseticidas líquidos, que são obtidos através do processo de fermentação de matéria orgânica, contendo microorganismos vivos, que ajuda a manter o balanceamento nutricional das plantas, deixando-as mais resistentes ao ataque de pragas e doenças.
“Os biofertilizantes são alternativas importantes, principalmente para os pequenos produtores que não podem gastar muito, e podem ser fabricados a partir do aproveitamento de alguns produtos que geralmente é jogado fora”, explica Melissa.
Para a fabricação do biofertilizante, os alunos aproveitam produtos orgânicos do ambiente agrícola como esterco, cinzas, restos de comidas, frutas, verdura e folhas, além de adicionar leite, melaço de cana ou açúcar. Esses ingredientes são depositados em um recipiente para fermentar até se transformar em uma solução líquida homogênea. Nesse estado está pronto para ser utilizado diretamente na planta ou na fertirrigação (técnica de aplicação simultânea de fertilizantes e água, através do sistema de irrigação).
Os adubos e inseticidas são utilizados na horta da escola. Segundo Melissa o objetivo principal é expandir para a comunidade e sítios vizinhos. O trabalho é realizado na escola através do Projeto Com Vida, que envolve cerca de 100 alunos do 1° ao 9° ano. (Fonte: G1)