Associações preparam proposta para energia solar no Brasil

Associações do setor elétrico estão preparando para entregar ao governo uma proposta para desenvolver a energia solar no Brasil, incluindo leilões específicos para a fonte e outros para geração distribuída.

A proposta está sendo preparada pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), junto da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia (Apine) e da (Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e deve ser apresentada até dezembro, disse nesta terça-feira o vice-presidente executivo da Cogen, Leonardo Calabró, em evento do escritório Pinheiro Neto Advogados.

Segundo ele, a proposta é realizar 3 leilões de energia de reserva para a energia solar com contratação de 500 megawatts (MW) cada, a serem realizados em 2014, 2015 e 2016, com entrega da energia a partir de 2016 e prazo de suprimento de 25 anos.

Para esses leilões, o preço-teto da energia entre 190 e 200 reais por megawatt-hora (MWh) é considerado “razoável” para viabilizar projetos de energia solar, segundo Calabró.

A proposta ainda inclui outros dois leilões para geração distribuída -projetos que se conectam diretamente ao sistema de distribuição- em 2015 e 2016. Desse leilão, poderiam participar além da solar, fontes a biomassa, biogás, eólica, pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e cogeração a gás natural.

O objetivo das associações é estabelecer um plano que dê um cenário da expansão da solar no Brasil, dando segurança para que a indústria desse setor possa se instalar no país.

A energia solar, que poderá participar pela primeira vez de leilões de energia públicos realizados pelo governo federal neste ano, ainda não é competitiva como a eólica, que também disputará os leilões entre outras fontes.

Segundo a Calabró, a energia solar não conseguirá viabilizar novos projetos de geração nos leilões de energia A-3 e A-5 deste ano, diante da competição com outras fontes e preço-teto estabelecido.

“A energia solar vai seguir a trilha de sucesso da eólica, mas vai demorar um pouco”, disse ele. (Fonte: Exame.com)