A Justiça russa concedeu à médica Yekaterina Zaspa e ao fotógrafo Denis Sinyakov, ambos detidos após protesto do Greenpeace em plataforma de petróleo no Ártico, a possibilidade de deixar a prisão mediante o pagamento de fiança no valor de 2 milhões de rublos cada (cerca de R$ 143 mil). Os dois são cidadãos russos.
“É a primeira a ser solta com fiança”, informou pela rede social Twitter a organização ambientalista sobre Yekaterina, a respeito de quem a possibilidade de liberdade foi divulgada mais cedo nesta segunda-feira (18). Em seguida, foi noticiado que Denis Sinyakov também poderá responder em liberdade se pagar fiança.
O dinheiro deve ficar como garantia de que eles se apresentarão para responder pela acusação de vandalismo, disse a emissora de TV RT. Se cumprirem corretamente as determinações judiciais, os valores serão devolvidos. Os dois estavam na embarcação Arctic Sunrise, apreendida pela guarda costeira russa, mas não está entre os ativistas que tentaram escalar a plataforma petrolífera da empresa Gazprom.
Outra corte russa negou a fiança ao australiano Colin Russel, informou a agência Reuters. A Justiça acatou pedido da promotoria para mantê-lo sob custódia até 24 de fevereiro.
Vários dos ativistas do Greenpeace detidos na Rússia foram levados para audiências em São Petersburgo, para que a Justiça possa decidir se terão suas prisões prorrogadas. Segundo a Reuters, promotores pediram que a detenção provisória fosse estendida, sob a alegação de que podem sair do país caso sejam soltas.
Os ativistas, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, são acusados de vandalismo por terem feito uma manifestação em uma plataforma de petróleo no Ártico. Eles foram presos em 19 de setembro pela guada costeira junto com a embarcação Arctic Sunrise e levados para Murmansk, cidade portuária no extremo norte do país. Na semana passada, foram transferidos de trem para São Petersburgo. O Greenpeace alega que a manifestação foi pacífica. (Fonte: G1)