Dois municípios decretam situação de emergência no oeste do Pará

Dos 13 municípios monitorados pela 4ª Regional da Defesa Civil do Estado (4ª Redec), Alenquer e Óbidos foram os primeiros a decretar situação de emergência por causa da cheia dos rios na região oeste do Pará. De acordo com o órgão, o restante está na fase final do processo de decreto. Entre eles, Oriximiná e Almeirim já estão em situação de alerta.

De acordo com o técnico operacional da 4ª Redec, Riler Amorim, para as cidades começarem a receber os recursos, o decreto municipal precisa ter reconhecimento do governo Federal. Após o reconhecimento de situação de emergência, Brasília avalia tecnicamente e homologa. “Após a homologação, o município tem 180 dias para continuar o trabalho e receber a ajuda que pede em um plano de trabalho”.

Alenquer – O primeiro a fazer a solicitação ao governo Federal foi Alenquer no dia 28 de abril quando o nível do rio Surubiú ultrapassou o nível normal. O decreto 1.030/2014 entrou em vigor após assinatura do prefeito Flavio Barbosa e foi aprovado pela Câmara de Vereadores. Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Joelino Teles, a maior dificuldade é a aquisição de madeiras para a construção de pontes.

Óbidos – No dia 2 de maio, quando o nível do rio Amazonas ultrapassou a marca de 8,20 metros, o município decretou emergência. Na área de várzea, 1.315 famílias estão sendo atingidas pela cheia e na área urbana, 250 famílias. De acordo com a defesa civil, a população ribeirinha continua sendo atendida e cerca de 50 pessoas estão desabrigadas.

Oriximiná – É um dos municípios que estão em situação de alerta e em fase final do pedido de emergência. A previsão da Defesa Civil da cidade é de que o nível do rio chegue a 9,16 metros até o dia 10 de maio. Segundo o coordenador do órgão, Ivo Matos, a falta de madeira tem dificultado a construção de passarelas nas ruas que estão alagadas, pois as serrarias locais não podem comercializar o material para o município.

Juruti – No município, a Avenida Marques Diniz foi encoberta pelas águas do rio Amazonas, que já ultrapassa os 11 metros. O mercado do peixe foi invadido pela cheia. 533 famílias são afetadas na zona urbana e rural. Pelo menos dez escolas da região de rio devem suspender as aulas por causa da enchente.

Monte Alegre – Segundo o coordenador da Defesa Civil, Raimundo Martins, as primeiras ruas da frente da cidade já foram invadidas pela cheia do rio Gurupatuba. Cerca de 20 famílias estão prestes a ficar desabrigadas, mas o órgão garantiu que já está adotando ações para evitar. Aproximadamente 60 famílias, das zonas urbana e rural estão sendo afetadas pela enchente. O município está providenciando a doação de madeira para levantar os assoalhos das casas e para construir passarelas. (Fonte: G1)