A cidade de Seattle, no noroeste dos Estados Unidos, criou uma lei para multar moradores e estabelecimentos comerciais por desperdiçar comida.
Segundo as novas regras, casas serão multadas em US$ 1 (aproximadamente R$ 2,40) se suas latas de lixo contiverem mais de 10% de restos de comida, enquanto que estabelecimentos comerciais e prédios residenciais pagarão US$ 50 (R$ 120).
A cidade já recicla 56% de seu lixo, mas quer aumentar a taxa para 60% até 2015.
Seattle, no Estado americano de Washington, é a segunda cidade americana depois de São Francisco a tornar obrigatória a compostagem como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A compostagem é o processo de decomposição do lixo em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura.
Até 40% da comida nos Estados Unidos é desperdiçada, segundo um relatório do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais.
Apenas 5% dos restos de alimentos são submetidos à compostagem, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês).
A cidade vai começar a emitir avisos a partir do dia 1º de janeiro de 2015 e a multar clientes após 1º de julho, prevê a lei, que foi aprovada por unanimidade na segunda-feira (22).
Segundo as novas determinações, quando os garis de Seattle constatarem excesso de restos de comida em um lixo, vão contabilizá-lo em um sistema de computadores e a multa será acrescentada à conta de lixo que todos têm de pagar.
Prédios residenciais e estabelecimentos comerciais também serão obrigados a limitar a quantidade de comida desperdiçada, mas vão receber dois avisos antes de ser multados, segundo o jornal The Seattle Times.
Autoridades locais não esperam que o programa vá aumentar a arrecadação da cidade, afirmou ao jornal Tim Croll, diretor de resíduos sólidos da Seattle Public Utilities.
Ele acrescentou que a cidade coletou menos de US$ 2 mil (R$ 4,4 mil) durante nove anos de um programa similar que proibiu as pessoas de jogar itens recicláveis no lixo.
“O objetivo aqui não é aumentar a arrecadação”, disse Croll. “Nós nos importamos mais em lembrar as pessoas a separar seus próprios lixos”. (Fonte: Terra)