Regiões atingidas por temporais no Sul do Brasil ficam sem água potável

Mais de 1,3 mil pessoas estão em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das enchentes, mesmo depois de a chuva ter parado. E nas cidades mais atingidas, agora falta água potável para os moradores.

A água que sobra nas ruas de alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, falta nas torneiras. Todos os 200 mil moradores estão sem água e há quatro dias. É que a estação de abastecimento também foi inundada. E as máquinas tiveram que ser desligadas. O problema levou a prefeitura a decretar situação de calamidade pública.

Caminhões-pipa distribuem água. Mas o pouco que os moradores conseguem levar só dá para matar a sede e fazer comida.

“Não tem água para nem para lavar a roupa, nem para lavar o rosto, nem para lavar a boca”, lamenta o morador.

E quem se arrisca a comprar água toma é um susto. “Estão cobrando até R$ 40 as bombonas de água”, conta uma moradora.

Alvorada é a cidade mais atingida pela enchente. O vídeo acima mostra como ficaram os carros que não foram retirados a tempo. Chegar em casa, entrar na sala, caminhar pelos corredores. É tarefa impossível, para desespero da Dona Iara.

“Eu praticamente perdi tudo. Só salvei a minha geladeira e o fogão. A gente tem que ser forte, mas eu choro muito”, diz Dona Iara.

Em Porto Alegre, o lago Guaíba atingiu nesta quinta-feira (23) o maior nível desde 1984: 2,56 metros. E mais casas foram alagadas. Sessenta e cinco cidades gaúchas estão em alerta por causa da chuva e 1,3 mil pessoas estão em abrigos no estado.

Também está faltando água em outras três cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre.

A Companhia de Abastecimento prevê que a situação comece a voltar ao normal na noite desta sexta-feira (24), em algumas cidades. (Fonte: G1)