Cientistas se inspiram em inseto para criar robô que salta sobre a água

Cientistas americanos e sul-coreanos desenvolveram um pequeno robô que, à semelhança de alguns insetos, pode saltar sobre a água.

Os movimentos foram baseados nos do inseto-jesus, uma espécie de invertebrado de corpo muito fino e alongado conhecido pela capacidade de andar sobre a água.

Tal como o inseto, o robô decola com uma força para baixo que nunca excede a tensão da superfície da água – a força que “gruda” as moléculas de água da superfície.

O invento, criado por uma equipe de cientistas americanos e sul-americanos, foi publicado na revista científica .

Os pesquisadores Ho-Young Kim e Kyu-Jin Cho, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, usaram insetos-jesus de um charco dentro do campus para conduzir o estudo.

“Para explorar sua formidável movimentação, coletamos os insetos e fizemos vários registros deles pulando na água do laboratório com câmeras de alta velocidade”, afirmaram os cientistas.

“Esses experimentos revelaram que os insetos se deslocam para cima enquanto pressionam a superfície da água para baixo. Nesse meio tempo, também fecham quatro de suas pernas para dentro”.

Os cientistas então tentaram reproduzir essa movimentação no design do robô.

O corpo de cada robô mede 2 centímetros de comprimento e é feito de camadas de uma material fino dobrado em formato de V. Uma mola se estende por toda essa estrutura.

Quando o robô está pronto para saltar, a mola se solta, mas de forma lenta, arrastando as extremidades de seu corpo e suas pernas de 5 centímetros para baixo enquanto gradualmente aumenta a força até o limite que a superfície da água aguenta.

Os robôs – e os insetos – também giram as patas para dentro “para maximizar o tempo de interação entre as patas e a água”.

Os pesquisadores dizem esperar que o robô possa ter uma aplicação prática para o meio ambiente – como monitorar a poluição em rios e lagoas.

Os cientistas, no entanto, acrescentaram que o objetivo não é comercializar o robô em miniatura, mas explorar “uma nova possibilidade para a mobilidade aquática do robô”. (Fonte: G1)