Morte de Cecil pressiona EUA para proteção de leões africanos

A morte do leão Cecil por um caçador norte-americano no Zimbábue aumentou a pressão para que os Estados Unidos estendam a proteção legal aos leões africanos declarando a espécie na lista das ameaçadas de extinção, mas alguns defensores dos caçadores dizem que tal medida pode levar a marcos regulatórios que prejudicarão os animais.

Os EUA têm a lei mais dura do mundo para proteção animal, o Ato das Espécies Ameaçadas, que foi estendido para espécies não norte-americanas, como o elefante e o guepardo africanos.

Adicionar o leão africano à lista nos EUA não proibiria a caça esportiva, mas exigiria uma permissão do Serviço de Pesca e Vida Selvagem do país para que leões e partes de seus corpos fossem importados.

Tal permissão só seria emitida se a agência determinar que a importação do leão ou suas partes não seja danosa à sobrevivência da espécie, afirmou Tanya Sanerib, advogada do Centro de Diversidade Biológica, que defende a proteção de espécies em todo o mundo.

“A caça esportiva foi identificada como uma ameaça à sobrevivência das espécies”, disse Sanerib.
Em 2014, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem propôs listar o leão africano como ameaçado sob o Ato das Espécies Ameaçadas dos EUA.

O líder democrata no Comitê de Recursos Naturais da Câmara dos Deputados, Raúl Grijalva, e outros 49 deputados democratas enviaram uma carta na quinta-feira ao serviço pedindo que conclua o processo para incluir o leão na lista de espécie ameaçada de extinção. (Fonte: G1)