Os compromissos ambientais pactuados até o momento por mais de 150 países superam em 7 décimos o objetivo para que a temperatura não aumente mais de dois graus centígrados para o até 2100, advertiu nesta quarta-feira (21) a Agência Internacional da Energia (AIE).
O organismo indicou em um estudo que embora o caminho já marcado terá um impacto positivo no setor energético, é curto com relação ao número aspirado na cúpula sobre a mudança climática (COP21) que será realizada em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro.
Os mais de 150 países que já fizeram suas propostas, segundo seus cálculos, representam cerca de 90% da atividade econômica e das atuais emissões de gases com efeito estufa, assim como 90% da demanda global de combustíveis fósseis e em torno de 80% de sua produção.
A AIE apontou que a aplicação completa dos compromissos marcados requereria US$ 13,5 trilhões em medidas de eficiência energética e tecnologias de carbono entre 2015 e 2030, o que equivale a aproximadamente 40% do investimento total do setor energético nesse período.
Mais de 60% das despesas em capacidades de produção energética estão previstas para as energias renováveis, acrescenta um comunicado, onde deixa claro que ainda se pode “fazer mais” para reduzir suas emissões.
A AIE pediu uma melhora da eficiência energética na indústria, na construção e nos transportes; eliminar de forma gradual as centrais elétricas de carvão e as subvenções aos combustíveis fósseis; reduzir as emissões de metano da produção de combustível e gás, e impulsionar as redes baseadas nas renováveis.
Para a agência, os esforços para diminuir as emissões devem ser “permanentes ao invés de temporários”, e a reorientação do sistema energético global para um que seja consistente com os objetivos climáticos é “um dos maiores desafios” que o setor enfrenta na atualidade. (Fonte: Terra)