Na luta pela vida e pela preservação da espécie, o governo brasileiro vem, há anos, buscando a recuperação da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), considerada extinta na natureza há 15 anos. Há poucos dias, representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA) assinou com a direção da Al Wabra Wildkife Preservation (AWWP), criadouro particular localizado no deserto do Catar, documento consolidando a parceria destinada a reintroduzir as ararinhas-azuis na Caatinga, seu lugar de origem, dentro de seis anos, em 2021.
Com esse objetivo, o MMA entregou ao AWWP duas fêmeas jovens, em idade reprodutiva, para serem inseminadas, com o compromisso da instituição de remeter ao Brasil todos os filhotes que delas nascerem. Em troca, a Al Wabra enviou para o Brasil um casal dessas ararinhas para formarem pares e produzirem filhotes.
De volta ao lar – O casal de aves, apelidadas de Rory e Amber, desembarcou no aeroporto de Cumbica, São Paulo, na noite do dia 26. De lá foram levadas ao quarentenário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), localizado em Cananeia, litoral sul paulista, onde permanecerão 15 dias, até o próximo dia 10, aproximadamente.
Para o diretor do Departamento de Espécies (Desp/MMA), Ugo Eichler Vercillo, o objetivo é continuar trazendo mais ararinhas para o Brasil. “Nossa expectativa é montar, em parceria com a Al Wabra, um centro de reprodução e soltura na Caatinga, e é lá que os animais serão preparados para a soltura, explica.
Vercillo conta que os testes de soltura devem começar em 2017 para que, em 2021, ocorra a soltura de um grupo de 150 ararinhas-azuis numa área de preservação a ser criada na Caatinga, no município de Curaçá, localizado no Norte da Bahia. “São passos grandes e que requerem uma atenção muito especial, num trabalho de parceria entre instituições do Brasil, do Catar e da Alemanha para que a gente consiga lograr sucesso na recuperação da espécie”, avalia o diretor do Desp. (Fonte: MMA)