O Instituto Mamirauá lançou um livro com o estudo sociodemográfico das populações que vivem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável a partir de informações coletadas por sociólogos, antropólogos e técnicos do Instituto Mamirauá nas comunidades ribeirinhas. O objetivo é contribuir para a construção de indicadores e índices que possibilitem a análise das políticas de conservação da biodiversidade e de melhoria da qualidade de vida nas comunidades.
Para a coleta de dados, foram realizadas expedições entre janeiro e março, época da enchente na região de várzea, o que facilitou o deslocamento das equipes de pesquisadores por rio entre todas as localidades da reserva. Entre as autoras da publicação e do estudo, está a socióloga Edila Moura, professora da Universidade Federal do Pará.
Este primeiro volume sobre a sociodemografia das comunidades da Amazônia traz informações sobre a presença de populações humanas em unidades de conservação ambiental, o processo de constituição da Reserva Mamirauá, as características socioambientais da unidade de conservação, as principais ações de manejo sustentado dos recursos naturais, a distribuição da população rural e urbana, a regularização fundiária, as lideranças e associações comunitárias, os investimentos em infraestrutura e o atendimento aos serviços básicos.
Caranguejo-uçá e abelhas nativas – O Instituto Mamirauá também lançou uma publicação para orientar os pescadores artesanais sobre o manejo do caranguejo-uçá. O protocolo contém informações sobre práticas proibidas na cadeia produtiva da espécie, artefatos utilizados para embalagem e o método de transporte sustentável. A publicação é de autoria do sociólogo Patrick Passos, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, do Governo do Estado do Pará.
Em outra publicação, técnicos do Mamirauá ensinam o manejo de abelhas nativas sem ferrão. A cartilha foi produzida para evitar a destruição dos ninhos nas árvores derrubadas para o plantio nas comunidades das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã. Além disso, fortalece a prática do manejo, que “se apresenta como mais um elemento de diversificação da produção rural e que contribui para a conservação dos ambientes agrícola e natural”. (Fonte: Instituto Mamirauá)