Mesmo com a chuva registrada na Grande São Paulo na segunda-feira (16), o nível de água do Sistema Cantareira apresentou queda nesta terça-feira (17) e opera com 64,7% do total da sua capacidade, de acordo com dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
De acordo com informações divulgadas no site da Sabesp, choveu 5,8 mm na Cantareira nas últimas 24 horas. A chuva registrada em maio até o momento é de apenas 6,9 mm. O volume esperado para este mês são 78,2 mm.
O nível do manancial Alto Cotia se manteve estável e opera com 94,6% da sua capacidade. Os demais mananciais que abastecem a Grande São Paulo tiveram alta na quantidade de água em seus reservatórios nesta terça-feira.
Confira os dados atualizados:
– Cantareira: 64,7% da capacidade
– Alto Tietê: 38,8% da capacidade
– Guarapiranga: 76,2% da capacidade
– Alto Cotia: 94,6% da capacidade
– Rio Grande: 76,4% da capacidade
– Rio Claro: 94,2% da capacidade
Índices – Após uma ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices do Cantareira. Nesta segunda, o segundo índice estava em 50,1% e considera o volume armazenado na capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume morto na área total dos reservatórios e estava em 35,5% na manhã de terça-feira.
O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas atualmente abastece 7,4 milhões após a crise hídrica que atingiu o estado em 2014 e 2015. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.
Volume Morto – A reserva técnica começou a ser bombeada em maio de 2014. Na época, ainda havia água no volume útil. Em julho, porém, o sistema passou a operar somente com o volume morto. Especialistas ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise porque não se recuperou totalmente. A Sabesp também informou que não descarta voltar a usar a reserva técnica no próximo período seco, com a chegada do inverno.
O fim da dependência da reserva técnica ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A expectativa era de uso até o fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair do volume morto até abril.
A chuva acima da média nos últimos meses acelerou o processo e as represas acumularam mais água por causa da precipitação intensa e entrada de água no manancial. (Fonte: G1)