Com a chegada do verão, é preciso redobrar os cuidados para eliminar os focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Como nessa época o clima fica mais quente e úmido, os ovos do mosquito se abrem com mais facilidade, aumentando a proliferação do inseto.
Dados levantados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, desde janeiro, Pernambuco registrou 52.369 casos confirmados de arboviroses transmitidas pelo Aedes. Só de dengue, já são 28.661 pacientes diagnosticados. Para a chikungunya, houve 23.509 confirmações; e, para o vírus da zika, o número chega a 199.
As estatísticas deixam o poder público em alerta. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde de Paulista, Fábio Diogo, os ovos do mosquito podem passar até um ano sem água.
“Nesse período que fica esse tempo sem chuva, qualquer chuva pode fazer com que os ovos eclodam em questão de horas. É por isso que a gente dá a recomendação de que os recipientes sejam escovados, limpos mesmo, para retirar qualquer ovo que possa conter lá”, explica.
Ainda de acordo com o superintendente, os agentes de saúde visitam as comunidades diariamente no combate ao Aedes. “Nós temos o aplicativo ‘Xô, Aedes’ que um morador pode visualizar um provável foco, tirar uma foto e mandar pra gente. Temos também o programa Casa Livre, que a gente adesiva as casas livres de focos e as pessoas seguem as orientações”, esclarece.
A agente de saúde Jucedi Oliveira diz que, na casa dela, em Paulista, não descuida um minuto. “Nós temos a prática de estar sempre atento, cuidando dos recipientes, escovando, cobrindo direitinho, isso é essencial na nossa família”, afirma.
Segundo ela, a água não chega à residência todos os dias. Por isso, precisa fazer o armazenamento em grandes baldes, que podem ser um foco de reprodução do mosquito. “Enche tudo direitinho, mas com todo o cuidado”, ressalta.
Outra orientação é não criar plantas em jarros de água. “Tudo na areia. E um segredo muito importante que é manter a higiene dos recipientes. Se nós tivermos essa consciência de escovar os recipientes e cobrir, o mosquito não vai ter vez na nossa casa”, lembra. (Fonte: G1)