O presidente dos EUA, Donald Trump, prevê tomar uma decisão sobre a posição de seu país no Acordo de Paris na Cúpula do G7 que será realizada no final de maio na Itália, ou mesmo antes, segundo antecipou a Casa Branca nesta quinta-feira (30).
Assim explicou em entrevista coletiva o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, ao detalhar que o governo de Trump continua revisando esse pacto climático, ao qual os Estados Unidos se uniram durante o mandato de Barack Obama.
De acordo com Spicer, Trump espera ter tomado uma decisão sobre se os EUA devem permanecer comprometidos com esse acordo para a Cúpula de países do G7 (países ocidentais mais industrializados: EUA, Japão, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido e Itália), que a Itália sediará no final de maio e ao qual o líder prevê assistir, ou inclusive antes.
O Acordo de Paris sobre mudança climática estabelece, no marco das Nações Unidas, medidas para diminuir as emissões de gases do efeito estufa e entrou em vigor no final de 2016.
Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu tirar os EUA do Acordo de Paris e chegou a dizer que a ameaça da mudança climática era um “invenção” da China.
No entanto, vários membros do gabinete do magnata, entre eles os secretários de Defesa, James Mattis, e Estado, Rex Tillerson, deram indícios de que são a favor de que os Estados Unidos continuem sendo parte do pacto climático.
Nesta semana, Trump assinou um decreto com o qual procura a independência energética do país e a criação de empregos, particularmente na deprimida indústria do carvão, às custas de começar a desmantelar o legado contra a mudança climática de Obama.
Para alcançá-lo, a ordem de Trump pede, entre outras medidas, revisar e reescrever as diretrizes do Plano de Energia Limpa de Obama, lançado em 2015 com a meta de que os Estados Unidos reduzam para 2030 32% das emissões de carbono das centrais elétricas com relação aos níveis de 2005. (Fonte: Terra)