Gana, Quênia e Malawi administrarão, a partir de 2018, a primeira vacina contra a malária, em um programa piloto inédito que será aplicado a crianças de idade entre 5 e 17 meses, segundo anunciou nesta segunda-feira (24) o Escritório Regional para África da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A informação obtida neste programa piloto nos ajudará a tomar decisões para estender o uso desta vacina”, declarou Matshidiso Moeti, diretora regional para África da OMS em um ato realizado em Nairóbi por causa do Dia Mundial da Malária, que é celebrado na terça-feira (25).
“Combinada com as medidas que já existem contra a malária, uma vacina assim teria potencial para salvar dezenas de milhares de vidas na África”, acrescentou Moeti.
A malária foi a causa de morte de cerca de 429 mil pessoas em 2015, a maioria delas crianças nascidas na África. Ao todo, houve 212 milhões de casos, segundo dados da OMS. Os esforços contra a doença reduziram as mortes por malária em 62% nos últimos 15 anos.
A primeira vacina contra a malária foi desenvolvida e testada pela empresa GSK com o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates durante mais de oito anos em sete países africanos, entre eles Gana, Quênia e Malawi.
Estes três países foram escolhidos como teste para o programa piloto em grande escala porque cumprem os critérios estabelecidos pela OMS na luta contra a malária.
Gana, Quênia e Malawi têm um uso generalizado de redes antimosquitos em seu território, além de programas de imunização adequada contra o vírus e uma incidência da doença suficientemente elevada para que os resultados sejam representativos.
Cada um dos três países decidirá as zonas nas quais será administrada a vacina. (Fonte: G1)